Foram cerca de 10.000 jovens de todo o país os participantes na Peregrinação Juvenil “Fátima Jovem” deste ano com o tema “Viemos adorá-lo”. O fim de semana passado, de 7 e 8 de Maio foi um fim de semana diferente para estes, como um jovem afirmava “dois dias ao colo de Maria, numa adoração ao seu filho”. Da diocese da Guarda participaram duas centenas de jovens. Este ano a Peregrinação teve algumas diferenças relativamente aos últimos anos. No dia 7, os jovens concentraram-se no Centro Pastoral Paulo VI para participar em vários ateliers. Havia 5 à escolha. Mas o mais concorrido foi o do anfiteatro, um espaço que albergou uns 3.000 jovens, onde o assunto era o “Papa e os Jovens , juntos”, uma recordação dos 20 anos de Jornadas Mundiais da Juventude e da ligação de João Paulo II aos jovens. Foi uma autêntica homenagem a João Paulo II. No final da tarde, e após o plenário dos diversos ateliers, houve, porém, tempo para os jovens de Portugal se entregarem a Bento XVI numa perspectiva de comunhão e de serviço. Aliás, todos os jovens escreveram o seu nome e morada em papeis que, posteriormente, e como nos afirmou o responsável nacional da Pastoral Juvenil, o Dr Manuel Sousa, foram enviados ao actual Papa, juntamente com um texto a assinalar o gesto, como compromisso dos jovens de Portugal. No final do dia, a Vigília concentrou de novo os jovens no mesmo anfiteatro para, durante duas horas, rezar em frente ao Santíssimo exposto. A primeira hora foi, sem dúvida, um momento excelente. Já no Domingo, os jovens acordaram com a recitação do terço na Capelinha das aparições, ao que se seguia a Eucaristia Solene, presidida este ano por D. Serafim. É de salientar que este ano os jovens puderam cantar alguns cânticos mais arejados e adequados à sua idade nesta eucaristia. Aliás, foi o próprio D. Serafim que deu o mote quando pediu aos jovens que, ouvindo a nome da sua diocese, gritassem “Ave Maria”
Houve algum progresso neste Fátima Jovem. A estrutura sofreu algumas alterações discutíveis. Mas, em si, conseguiu-se maior concentração dos jovens, maior evidência da presença da juventude nacional em Fátima, e evitar parcialmente o chamado “Fátima Jovem marginal”.
Da participação da diocese da Guarda há a salientar um pequeno senão no que se refere à comunhão diocesana dado que os grupos oriundos da mesma estiveram um pouco espalhados nas diversas actividades. Como referiu o responsável do DPJG, “de futuro temos de arranjar forma de assinalar melhor a nossa presença no meio das restantes dioceses, quer com identificação, quer com melhor organização da nossa parte, e com espírito de comunhão da parte de todos os jovens”.
Sinal mais foi o tema “(A)braços” da Banda Jota, que, apesar de não ter sido cantado pelo grupo autor, foi a canção deste Fátima Jovem. Durante os dois dias, e depois de cantado uma dúzia de vezes no atelier do anfiteatro, foi o tema que congregou em uníssono os jovens de Portugal. Era vê-los de “braços no ar a gritar” por toda a Fátima: “Jesus está aqui”.
