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domingo, abril 29, 2007

Jovens da diocese irão participar no Fátima Jovem

Algumas dezenas de jovens da diocese irão participar na Peregrinação Nacional da Juventude a Fátima, o “Fátima Jovem”. As inscrições terminaram, mas os jovens que pretenderem aparecer em Fátima no próximo fim de semana de 5 e 6 de Maio, poderão ainda entrar em contacto com o DPJG para poderem adquirir os ingressos que darão a possibilidade de entrarem nos espaços previstos do encontro bem como da t’shirt que representa a diocese com as cores da mesma, o branco e o vermelho. Este ano estão previstas algumas novidades, como são as novas plataformas de animação e o hino para todo o encontro. Nesta medida os jovens foram convidados a manifestar a sua fé e alegrias por Fátima, nos espaços menos comuns, nas ruas, em especial as mais concorridas de Fátima. O hino, encomendado ao Pe João Paulo Vaz, que já tem dois cds editados e que vai estar presente no já anunciado Festival Jota, o Festival que o DPJG pretende organizar nos dias 20, 21 e 22 de Julho, fará jus ao tema deste ano, “Toma a tua cruz e segue-me”. Embora este ano a diocese não tenha prevista uma participação com a de anos anteriores, estima-se que a participação nacional ronde os 10.000 jovens .

Hino do Fátima Jovem 2007

TOMA A TUA CRUZ

SOL+ RÉ+ MI- DÓ+
Toma a tua Cruz e segue-Me
SOL+ LÁ+ RÉ+
Vive sem medo de te dares
MI- RÉ+(inv.) LÁ- DÓ+
Toma a tua cruz e segue-Me
MI- SI+7 MI- (RÉ+)
Já que tens tanto p’ra dar

LÁ- SI- DÓ+ SI-
Cristo que te chama nunca te deixa só
LÁ- SI- DÓ+ RÉ+
Está contigo antes que chegues a pensar
LÁ- SI- DÓ+ SI-
Mesmo que duvides, não duvides de ti
LÁ- SI- MI- RÉ+
É na tua cruz que Ele está

Se Cristo te chama, Ele sabe porquê
Pois sabe o que fez e o que criou em ti
Pára para veres tudo aquilo que és
É no teu amor que Ele está

… (no final)
MI- SI+7 MI-
Já que tens tanto p’ra dar
LÁ- SI- MI-
Já que tens tanto p’ra dar



Letra e música: Pe. João Paulo Vaz

Inter-escolas de EMRC


Ocorreu no passado dia 27 de Abril, na cidade da Guarda, o habitual encontro dos jovens que frequentam as aulas de EMRC nas escolas da diocese. O DPJG esteve presente e colaborou na animação com alguns dos seus elementos, sobretudo antes e durante a Eucaristia.

quinta-feira, abril 26, 2007

O insustentável peso de ser jovem cristão

Dois jovens jornalistas cristãos, Ana Isabel Albuquerque e Igor Costa, estudantes na UBI, Universidade da Beira Interior, a quem o DPJG lançou o convite de olhar, através do Dia Diocesano da Juventude, a própria juventude e pastoral juvenil da diocese da Guarda, aceitaram o desafio e concretizaram uma grande e vasta reportagem que, na profundidade, vai para além do óbvio e identifica as necessidades urgentes de se repensar o papel da Igreja face ao Jovem Cristão. Aqui vai a reportagem:
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“Sejam mais na cidade da Covilhã, e manifestem-se enquanto cristão pelas ruas por onde passarem”, desafiava o padre Jorge Castela. O cónego José Geraldes, arcipreste da cidade neve, lançou o mesmo apelo, com outras palavras: “Quando os jovens arrefecem, o resto do mundo bate os dentes”. Então, a Covilhã aqueceu. Animação, diversidade e irreverência juntaram-se ao espírito de jovem cristão: ir ao encontro do outro.


Por Ana Isabel Albuquerque e Igor Costa

A fasquia era elevada. Nos documentos enviados para a comunicação social, o Departamento da Pastoral Juvenil da Diocese da Guarda (DPJG) fez questão de referir os milhares de jovens presentes nas edições dos dois últimos anos. As edições na Guarda e Trancoso encheram os covilhanenses de expectativas. Saíram goradas, as de muitos. “Não estão cá mil!”, ouvia-se entre os habitantes locais. “Nem oitocentos”, diziam outros que, ao longo do dia, se juntaram à festa. E com razão. Em momento algum houve mais de seis centenas de jovens no Pelourinho da Covilhã. Mal feitas estavam também as contas da própria Polícia de Segurança Pública (PSP). A verdade é que a enchente do ano passado não se repetiu. Mas os números iam-se aproximando à medida que os jovens se juntavam à festa durante todo o dia. A cidade da Guarda foi toda ela uma verdadeira cidade juvenil a descobrir pelos forasteiros. Aqui foi diferente. Foram “só uns seiscentos”, como se ouvia também, a pensar sobre algumas das problemáticas mais proeminentes em torno da juventude. Os seiscentos, redondamente significativos, foram suficientes para alastrar a alegria a toda a cidade. O convite era alargado, e a população compareceu.
Se tivermos em conta que a aposta do DPJG para este ano está voltada para a formação, tanto de jovens como, sobretudo, de animadores de grupos, os moldes adoptados parecem justificar-se. Este ano, a cidade neve, que é universitária, transformou-se num imenso laboratório de sociologia. Família, sexualidade, café, diferença, desencontros e caminho assumiram nome de atelier de reflexão, por onde todos se distribuíram. Sem tabus, ouviram-se questões e respostas, experiências e anseios. O debate tinha uma direcção clara, visível nas tarjas colocadas nos locais. Perguntava-se: “Como podem hoje os jovens «ser mais» em cada um daqueles espaços?”. Era unânime a certeza de que lhes é difícil assumirem as suas crenças.
A Covilhã demonstrou-o de uma forma acutilante. Na sua terra, foram poucos os jovens a assumirem a sua fé. Foi preciosa a ajuda dos que compareceram. Mas esperava-se mais. Bem mais. O dilema coloca-se entre os grupos de amigos, e para Mário Pereira, docente na Universidade da Beira Interior (UBI), esta realidade é evidente. É difícil “dar a cara quando somos cristão, e assumi-lo. A grande parte dos nossos jovens até são cristãos, participam nas suas paróquias activamente, mas aqui têm receio de serem postos em causa e de serem apontados a dedo”.
Para o docente, os jovens tendem a procurar algo diferente daquilo que são as propostas actuais, preferindo actividades que lhes toquem no interior. A juventude entrou num processo em que está a “retornar às suas origens”, a fim de fazer algo produtivo em favor da sociedade. É desta forma que Mário Pereira vê os estudantes da UBI. “Eu sou optimista por defeito, mas apesar de parecer que os nossos universitários estão um pouco distanciados, eles retornam ao seu caminho se alguém os chamar. São jovens voluntariosos, que têm algumas carências afectivas. São filhos da gente que fez a revolução em que grande parte dos valores foi destruída, e o cristianismo foi posto em causa. Agora são os mais novos que estão a sofrer com esta sociedade”. Mesmo assim, muitos jovens da Covilhã participaram e, mais uma vez sem complexos, gritaram com outros: “Aqui está Jesus!”.
Ajuda preciosa, a deles. Não só na vivência da festa, potenciada pelos muitos quilowatts de luz e som sobre o palco do pelourinho. Há vários meses que os grupos da cidade trabalham com afinco em torno deste dia. No DPJG as coisas começaram ainda mais cedo. Desde Outubro que se fala no passado sábado. O mês de Janeiro fez chover ideias dos grupos que se foram juntando. Outros juntaram-se nos ensaios para a Eucaristia, que decorreram durante todo o último mês. Diferentes estatutos, idades, estaturas e profissões reuniram-se à volta das mesmas guitarras. A dedicação de meses ao trabalho prático encontrou paralelo na profundidade dos temas discutidos no dia. “Este dia da juventude na Covilhã é uma diferença para apontar caminhos nobres de excelência à sociedade”, exalta o bispo diocesano. Na humildade buscou-se a perfeição, e a montanha pariu a festa, que começou em quatro pontos da cidade, com os covilhanenses a receber os peregrinos.


“O ponto alto, mas não o mais importante”

A expressão parece paradoxal, mas é assim que o padre Jorge Castela apresenta o dia diocesano da juventude, no conjunto das actividades calendarizadas pelo DPJG. “É o ponto alto da evangelização de todo o ano, é a ocasião em que os jovens se juntam e se manifestam enquanto grupo. Mas não é, de facto, o mais importante. O mais importante é o que cada um faz no seu percurso pessoal e em grupo, mas juntar esta malta toda é importante para nós departamento”, explica o sacerdote. O facto de ser o momento mais expressivo do ano pastoral acarreta com isso o desdobramento de preocupações logísticas. É necessário mobilizar muitas pessoas, incontáveis horas de reuniões semanais com todas elas, sempre com vista à evangelização dos jovens da diocese.
A actividade de dia 21 de Abril, na Covilhã, contou com o apoio dos padres da cidade e da Câmara Municipal, “excelente em todos os momentos da preparação”, atesta o responsável pelo DPJG. A festa teve início pela manhã em quatro espaços de acolhimento distintos. No jardim público, na garagem de S. João, no Calvário e junto ao pólo central da UBI, grupos de jovens da cidade acolheram os forasteiros. O ponto de encontro foi o Pelourinho, onde todos se juntaram e foram recebidos pela autarquia. “A Covilhã tem sempre muita vida, mas é claro que esta actividade traz uma cor especial à cidade”, refere Carlos Pinto, presidente da edilidade. Por isso, o autarca acrescenta que “a Câmara Municipal da Covilhã associa-se com muito gosto a um dia de festa”.
O momento mais importante do dia foi mesmo a Eucaristia, celebrada na Igreja de Santa Maria. Os jovens encheram o templo por completo, e tiveram a oportunidade de ouvir de D. Manuel Felício, bispo da Guarda, palavras de coragem e desafio. Segundo o prelado, “Deus dá a cada um capacidades e missões específicas”, tendo em conta a necessidade de “descoberta da vocação e a coragem com que se agarra, até às últimas consequências”. Para o pastor diocesano, “no centro da nossa vida tem de estar o Cristo vivo, ressuscitado. A nossa vida será vivida com qualidade na medida em que tivermos a coragem de a entregar como Cristo a entregou”. O bispo alertou os jovens para a oposição que se faz, “hoje mais do que nunca, ao projecto de vida que segue Cristo”. Mas não deixou de apresentar Jesus como “luz e sal” de um mundo em que “os jovens são a Primavera da Igreja”.
No final da cerimónia foi anunciado que o Projecto de Trabalho Alargado com Jovens (TAJ) partirá para o terreno já nas próximas semanas. O momento é o culminar de três anos de trabalho, em que cerca de 15 jovens da diocese fizeram formação. Com este anúncio, os novos missionários irão a várias paróquias a fim de animar ou fomentar novos grupos juvenis cristãos. Ocasião especial foi também para o agrupamento diocesano do Corpo Nacional de Escutas (CNE). Desde 1917 na diocese da Guarda, os escuteiros são hoje o movimento católico que mais jovens dinamiza. Pela longevidade e pelo trabalho, a homenagem sentida encontrou um comovido “obrigado” do responsável pelo grupo.
A tarde foi o período de reflexão e convívio, em que diversos grupos de jovens apresentaram músicas e variedades. O encerramento coube à Banda Jota que, com temas de música religiosa jovem, animou todos os que se encontravam na Praça do Município. No arrumar de toda a logística mobilizada, o padre Jorge Castela fazia “um balanço positivo. Foi muito bom sentir toda esta juventude a manifestar-se. Vivemos numa sociedade em que tanto se diz que se está a perder a fé e a religião, e que os jovens estão perdidos. Ter ocasiões destas em que se manifesta precisamente o contrário é, só por isso, bastante positivo”.


Ser (mais) diferente

A discussão em torno de “ser mais” acabou por pautar o dia. Uma temática que surge no seguimento dos últimos trabalhos do DPJG. “Os novos laboratórios abarcavam mais a sensibilidade dos jovens. Este ano quisemos apostar naquilo que é o interior de cada um, ser mais gente, ser mais Homem, ser mais cristão, ser mais com os outros. No fundo uma valorização muito grande de cada um”, esclarece o padre Jorge Castela, responsável pelo departamento. Para D. Manuel Felício, o assunto merece a preocupação de todos, a fim de valorizar uma vida de qualidade: “Hoje vivemos numa cultura que, em virtude de cultivar a facilidade, vai orientando a vida das pessoas por plataformas de mediocridade, e nós temos de encontrar alternativas”.
Café e sexualidade pareciam os temas mais convidativos. Parecia também que seriam os ateliers mais concorridos, mas a tendência não se confirmou, e os espaços equilibraram-se. Ainda assim, eram os temas mais apelativos. Nos ateliers e na vida. Eduardo Cavaco, docente da UBI, orientou o segundo, e foi sem preconceitos ao cerne das dúvidas dos jovens e de alguns dos temas quentes que relacionam Igreja e sexo. “Falámos muito sobre o amor, sobre a maneira como a Igreja vê temas como a homossexualidade, o uso do preservativo e o celibato, e foi muito gratificante”, ouvia-se no final.
O primeiro dos temas, cujo debate decorreu no coração da cidade, camuflou-se para falar de relações, convívios e vícios. Isto no seguimento do trabalho do DPJG, que já no ano passado se imiscuíra nos “novos laboratórios da fé”. O objectivo mantém-se: ir ao encontro dos jovens nos locais que eles escolhem em detrimento da Igreja, nos seus tempos livres. No final do atelier, concluía-se que a opção pelas actividades de lazer não deve ser aleatória, devendo contribuir para a construção de cada um. Por isso, muitos sentiam-se enriquecidos por poderem aplicar as “influências de se ser cristão nos momentos de diversão”. Para D. Manuel Felício, há “uma certa corrente de jogo que vai estimulando o negócio do lazer. Isto em benefício dos cofres de instituições que se aproveitam de muitos jovens que, de uma forma incauta, vão levando o seu tempo de forma menos pensada”.
A diferença, que se pediu a todos os jovens, ficou vincada num atelier sensível, mas que não esqueceu o voluntariado e o trabalho social. Nas opiniões trocadas era manifesto o sentimento de autismo em relação ao que se passa à volta de cada um. Um autismo que impede as pessoas de se aproximarem de quem, por vezes, está tão perto. “Temos de ser mais a diferença, tentar perceber o que se passa com eles [os marginalizados], quais são as preocupações deles. Porque não são diferentes, muito pelo contrário: todos temos limitações, mas uns mais que outros”, reforçou Sandra Olival. Nesta linha, um outro atelier andou em torno dos encontros e desencontros nas relações com os outros. Para além disso, os participantes preocuparam-se com a forma como se pode “envolver Cristo no meio destes encontros e desencontros e no facto de nós nos encontrarmos com Cristo”.
Para os que pretendiam falar deste encontro em concreto, a capela de S. Martinho, no interior da UBI, recebeu o atelier do caminho, sempre com os olhos na meta. Para isso, todos foram largando, ao longo do percurso, alguns defeitos e obstáculos que os impediam de prosseguir como desejavam. A aposta vocacional é uma realidade constante para o DPJG: “Todos os anos achamos que, nos encontros maiores que realizamos como o dia diocesano da juventude, é importante ter um espaço vocacional.”
Ali ao lado, na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, meditou-se sobre um dos caminhos vocacionais mais seguidos, mas que nem por isso ficou de lado. Mário Pereira e a esposa falaram das implicações da família e do relacionamento entre pais e filhos, tendo em conta a forma como a família é vista pelas diferentes idades. Segundo o docente da UBI, foi evidente a ânsia por uma família cada vez melhor: “O que eles partilharam, e foi uma partilha muito boa, foi que sentem a sua casa como uma âncora. Como um local onde eles podem, nos momentos de dificuldade, regressar. Onde encontram alguém que os ajuda, que os apoia, que os auxilia. A família é na verdade a sua cela de origem, onde eles se sentem seguros”.


Arciprestados distantes: missão possível

Descentralizar actividades e ir aos locais mais remotos são os passos que o Departamento da Pastoral Juvenil da Diocese da Guarda pretende dar, a fim de levar para a vida pastoral diocesana os que ainda não se aproximaram. “Por isso é que organizámos o projecto TAJ. Temos três equipas formadas que pretendemos enviar para o terreno, para essas zonas que não têm tido tantas oportunidades de se encontrar com Jesus nesta perspectiva mais jovem, mais dinâmica, e esperamos que se consiga”, aponta o padre Jorge Castela. Mesmo ciente do afastamento de alguns arciprestados, o sacerdote realça com alegria a presença inédita de Figueira de Castelo Rodrigo no dia diocesano da juventude.
“É uma sensibilidade que temos de generalizar a todos os agentes da pastoral. Eu tenho a primeira responsabilidade, e comigo todos os párocos, os catequistas, os ministros extraordinários da comunhão, e outros”, reconhece D. Manuel Felício. Sem individualizar culpas, o bispo da diocese ambiciona chegar para além da hierarquia arciprestal e traça desde logo objectivos: “Só estarei contente quando cada paróquia tiver uma proposta concreta de pastoral juvenil. Eu próprio, neste dia diocesano da juventude, me deixei motivar para que tenhamos programas que vão a cada paróquia”.
O responsável do DPJG concorda que esta missão “não depende apenas do departamento, embora nós também assumamos alguma culpa. É preciso ir mais a essas zonas, mas às vezes há contingências de pessoal, logística ou falta de vontade. Depende muito das pessoas que estão no terreno, das pessoas que estão a trabalhar, dos padres e dos animadores que possam existir.” Ainda assim, o padre Jorge Castela encontra um outro argumento, de ordem demográfica, que faz crescer alguma apatia relativamente à pastoral juvenil: “Temos de pensar estes arciprestados, que são apenas dois ou três, como arciprestados que não têm muita juventude”.


“Cidadãos de um mundo novo”

A música é cantada em missas e encontros religiosos juvenis há bastantes anos, mas o seu teor não deixa de ser verdadeiro. No palco do dia diocesano da juventude, foi o projecto “A Barca”, da Caritas da Guarda, quem a fez ouvir. São jovens diferentes, com deficiências físicas, mentais ou outras dificuldades, mas que agarram a vida com mais força ainda, e se afirmam como cristãos. Todavia, a coragem não chega a todos. “Há muitas adversidades, mais do que há uns anos atrás. Hoje em dia é mais difícil: há novas formas de entender a fé e Deus. Ao mesmo tempo, os jovens estão cada vez mais ocupados ou, possivelmente, desocupados. Estão cada vez mais cheios de muita coisa e vazios de tudo, nessa perspectiva”, atira o padre Jorge Castela.
O sacerdote, de 35 anos, critica os jovens com o mesmo carinho com que trabalha para eles. Por isso, o jovem padre não esquece o lugar que os mais novos e os cristãos em geral ocupam no mundo: “Um cristão tem de viver no mundo. Para além de viver dentro dessas quatro paredes a que chamamos igreja, tem também de viver fora delas, porque a verdadeira Igreja são as pessoas, não são as paredes, e é preciso que se viva Igreja no mundo”. Nesta vivência, o padre Jorge Castela valoriza a maturidade da fé, “que influencia de dentro as pessoas a agir segundo os valores do evangelho”.
A ausência de um número significativo de jovens universitários no dia diocesano da juventude não passou despercebida a D. Manuel Felício que, ainda assim, é cauteloso: “Temos de julgar estas situações não apenas com critérios racionais, mas também com critérios emocionais. Só chegamos aos jovens conciliando uma racionalidade sã com um apelo aos sentimentos”. “Ainda não encontrámos as linguagens para levarmos a mensagem ao lugar certo”, lamenta o prelado. Esta aproximação tem em vista o ponto em que D. Manuel Felício tem vindo a insistir, pois “uma vida profissional tecnicamente bem preparada exige também uma vida de valores”.
“O caminho da proximidade a cada um dos jovens, o caminho do diálogo com cada um, o caminho do acolhimento, o dispormos de condições para responder a problemas concretos” são as formas que o prelado realça para ir ao encontro desta faixa etária. O padre Jorge Castela identifica a necessidade de preparar os grupos através de itinerários de fé, a fim de traçar um percurso sólido. “Sabemos da inconstância dos jovens. Mesmo nesta zona do Interior, os jovens emigram muito por causa dos estudos e acabam por quebrar os ritmos que têm nas suas paróquias”, avença o sacerdote.
Para o bispo da Guarda, a formação num estilo de vida próximo das propostas de Jesus é a pedra de toque “para que se possa segui-Lo e amá-Lo”. D. Manuel Felício encontra na sociedade civil e nos meios de comunicação social forças que, em diversas circunstâncias, “estão empenhadas em nos tirar o tapete e às vezes até em transformar situações que são hipóteses remotas em dados certos quando não o são”. No próximo ano, o responsável pela pastoral juvenil diocesana apostará em “dar mais”. “Começámos por uma tarefa de sensibilização, agora a formação e no próximo ano é mesmo o compromisso”, garante o padre Jorge Castela. Tendo em conta estes dados, o prelado diocesano convida os cristãos a organizarem-se no seu espaço “para que sejamos uma diferença no palco da sociedade que precisa bem dela”. Nos jovens cristãos vê “a diferença que a sociedade precisa para o futuro, e eu estou empenhado em que os nossos jovens cristãos assumam o papel que lhes compete, que é insubstituível”.
Os inquéritos que o próprio DPJG elaborou revelam dados contraditórios. A falta de coragem para firmar compromissos é assumida pelos próprios jovens. Ainda assim, dizem ter uma relação muito boa com Deus. Mas a Igreja e os seus padres são irredutíveis. O divino exige entrega, e não se presta a relações oportunas, em que as preocupações momentâneas encontram resposta em preces circunstanciais. Mais contraditório parecerá o facto de se qualificarem a si mesmos no meio de uma qualquer tabela avaliativa. Dizem situar as suas preferências no gozar a vida e na diversão. A Igreja tem-se aberto, e tem criado espaços de dinamismo para acolher os jovens mais afastados. Este desejo é, localmente, assumido pelo bispo diocesano e pelo responsável pela pastoral juvenil. Ainda assim, até que ponto a vontade dos religiosos será suficiente para cativar quem se revela pouco receptivo aos valores da solidariedade e da família? Até que ponto conseguirá a Igreja acolher estes cidadãos de um mundo novo, quais filhos pródigos, mas tão cheios de contradições?

Juventude hospitaleira em Lagarinhos

O movimento da Juventude Hospitaleira esteve na paróquia de Lagarinhos no Dia Mundial da Juventude para celebrar este dia com os jovens oriundos das paróquias ao cuidado dos padres Sérgio Mendes e Jorge Castela. As actividades decorreram durante a tarde naquilo que foi chamado de “Rospitalidade” e encerraram com a a Eucaristia Solene.

Mais Dez. Itinerário para a formação dos jovens destinado a animadores e agentes da pastoral


Adérito G. Barbosa e M. Oliveira de Sousa (2007). Mais Dez. Itinerário para a formação dos jovens destinado a animadores e agentes da pastoral. Lisboa, Paulinas editora.


Apresentado no dia 10 de Março de 2007, este livro pretende ser UMA resposta à interpelação do número 10 das Bases para a Pastoral Juvenil (Conferência Episcopal Portuguesa, 2002). Em que os autores têm presente que o método da evangelização dos jovens é já metacultural.A “Boa Notícia” perdeu o carácter da novidade, da esperança?! Provavelmente!De que serve a cultura, a responsabilidade, as grandes construções (morais, materiais, éticas…) se tudo está comprometido no espaço de uma geração?!A grande esperança reside agora em não deixar os jovens perderem a esperança (na igualdade das oportunidades sociais, na utilidade da sua existência, de construir um mundo que possa ainda existir)!O itinerário com os jovens aqui sugerido radica em desfazer todas as “cadeiras", todas as cátedras, aproximar-se e caminhar com eles. Não é um método, não é a solução, é apenas um caminho de afectos, de proximidade, de conhecimento a partir do coração, de construção de comunhão como Jesus no meio da tempestade: entrar no barco e enfrentá-la com os que estão próximos (Mc 4,35 ss).Este itinerário ajudará a reiniciar o caminho, a passar à outra margem!



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quarta-feira, abril 18, 2007

Ser + na Cidade da Covilhã

Vai ser realizado na cidade da Covilhã no dia 21 de Abril. Todos os anos costumam reunir-se neste encontro mais de mil jovens de toda a diocese. Estão previstos momentos de “Missão na Cidade”, Ateliers de reflexão, Eucaristia solene presidida pelo D. Manuel Felício, e um espectáculo de variedades elaborado pelos próprios jovens e grupos juntamente com um concerto pela Banda Jota.

Programa:
10h00 - Acolhimento e caminhada
11h30 - Recepção na Câmara
12h00 - Eucaristia Solene (Igreja de St.ª Maria)
14h30 - Atelier’s nas igrejas
16h30 - Espectáculo pelos grupos, e actuação da Banda Jota.

Acolhimento:
Acolhimento 1: Igreja de N.ª Sr.ª de Fátima - Zona Norte: arcip. de Trancoso, Pinhel, Figueira de Castelo Rodrigo, Sabugal e Almeida;
Acolhimento 2: Garagem de S. João - Zona Oeste: arcip. de Celorico da Beira, Gouveia e Seia;
Acolhimento 3: Jardim Público - Zona Centro: arcip. da Guarda, Belmonte-Manteigas e Rochoso;
Acolhimento 4: Largo do Calvário - Zona Sul: arcip. de Covilhã, Fundão, Alpedrinha e Penamacor.
- Depois do acolhimento, os jovens caminharão pelas ruas até ao Pelourinho em grande animação


Ateliers:
Igreja de St.ª Maria: Ser + na Sexualidade, com orientação do Dr Eduardo Cavaco
Igreja de N.ª Sr.ª da Conceição: Ser + na Diferença, com orientação de um grupo de representantes da casa de Saúde Bento Menni
Igreja da Misericórdia: Ser+ no Café, com orientação do Dr Paulo Pinheiro e sua esposa; Capela de Oração (durante todo o dia).
Igreja de N.ª Sr.ª de Fátima: Ser + na Família, com orientação do Dr Màrio Pereira
Igreja de S. Tiago: Ser + nos Desencontros, com orientação do Dr Neves da Gama
Capela Românica (UBI): Ser + no caminho (vocação), com orientação do Serviço Diocesano da Pastoral Vocacional inserido no DPJG


Todas as Zonas de acolhimento e percurso até ao Pelourinho estão assinalados num mapa que podes descarregar no site do DPJG. Também lá se encontram todas as igrejas onde irão decorrer os ateliers. Pela manha os jovens devem inscrever-se no atelier em que querem participar. O Secretariado estará instalado no Teatro-Cine da Covilhã, localizado no pelourinho. Caso o tempo não permita, o espectáculo e as actividades de rua serão realizados no Teatro-cine.


N.B. No evento, o DPJG pretende fazer uma referência aos 80 anos do CNE na diocese, um dos maiores movimentos juvenis existentes na mesma, e lançar as equipas de Taj'andar com uma manifestação na Eucaristia.

Cada grupo tratará do seu almoço. Caso pretendam, poderão utilizar o largo Calvário para esse efeito.

Inscrições para Fátima Jovem terminam dia 21 de Abril

Se estás interessado em juntar-te a milhares de jovens católicos de todo o país na peregrinação juvenil a Fátima, o “Fátima Jovem”, no fim de semana de 5 e 6 de Maio, inscreve-te no secretariado do DDJ (Dia Diocesano da Juventude) ou através do email dpjguarda@portugalmail.pt. O preço global, que inclui viagem de ida e volta, inscrição nacional e diocesana, é de 17,50 € (caso não precises transporte, deves pagar 03,00 €). É obrigatório levar o símbolo diocesano (T-Shirt). Se não tens, deves adquiri-la ao preço de 06,00€. Relembramos que as refeições e dormida são por conta de cada um. Se no entanto necessitares de dormida podes contactar o DPJG.

Programa

Sábado, dia 5 de Maio

14h30: Caminhada de Oração (org do DPJG)
17h30: Acolhimento; Oração Mariana; Oração de Renúncia; Chegada da Cruz Ecuménica
19h30: Jantar
21h30: Rosário; Procissão de Velas
23h00: Vigília de Cariz Ecuménico
00h30: Novas Plataformas de Evangelização
Domingo, dia 6 de Maio

10h15: Rosário
11h00: Eucaristia e Envio
15h00: Regresso

quarta-feira, abril 04, 2007

Uma Páscoa recheada de Vida

O saudoso João Paulo II, que foi o motor das JMJ e do Dia Mundial da juventude, durante o seu pontificado, apostou claramente numa Igreja fora de portas e numa Igreja jovem, que deposita a sua esperança na vida e vivacidade de cada um, de forma a construir uma Igreja de vivos e não de mortos.
Assim nos confrontamos com a Páscoa, numa Igreja de vivos e não de mortos. Assim nos confrontamos com a Igreja de Cristo, uma Igreja sempre jovem e sempre viva.
Por isso, nesta época, o DPJG deseja a todos uma Santa Páscoa, com a alegria de saber-nos um dia ressuscitados com Cristo.


António Gomes, pelo DPJG

Festival musical on-line "Louvai ao Senhor"


O Portal Cristo Jovem está a organizar um Festival musical online intitulado “Louvai o Senhor” com o apoio da Banda Jota e do XTOfm,
Nós - produção e distribuição católica
e da Editora Paulus. Para concorrer ao presente festival, as canções devem ser originais, mas não obrigatoriamente inéditas, ou seja, não têm que ser criadas propositadamente para o concurso, e devem ser subordinadas aos valores cristãos que fundamentam a fé católica.As inscrições podem ser feitas em nome individual, ou em grupo, sendo que neste caso é necessário apresentar o nome do responsável do grupo.A identificação da música deve ser feita através de nome, nome(s) do autor(es) da letra, nome(s) do autor(es) da música e ano em que foi feita.Os ficheiros enviados devem ter qualidade na reprodução de som, pois serão esses ficheiros que serão postos a votação. As letras das músicas deverão ser em língua portuguesa, mas não necessariamente de Portugal.
Os originais devem ser enviados até dia 30 de Abril de 2007, em suporte áudio digital juntamente com a letra da canção e os contactos (e-mail e contacto telefónico) para um dos seguintes endereços de e-mail: portal.cristojovem@gmail.com e xtofm@edicomail.netSe não for possível o envio em formato digital, podem solicitar uma morada de envio através dos endereços de e-mail acima referidos.

Mais informações em Portal Cristo Jovem.

Grande público em Abrantes, na Jornada da Juventude


O público jovem presente em Abrantes, no Cine teatro, no passado dia 31 de Março, foi, segundo os elementos da Banda Jota, um público excelente, sempre pronto a vibrar com cada acorde dos temas da banda, sempre pronto a aplaudir e a fazer gestos com as músicas. A sala onde decorreu toda a tarde da Jornada Diocesana de Portalegre e Castelo Branco estava cheia. A Banda actuou depois dos responsáveis apresentarem documentários sobre a pastoral juvenil e vocacional locais.

Banda Jota em Pinhel e numa "história de Amor"

Uma «história de amor» na Via Sacra

Jovens da Escola Secundária de Pinhel fizeram uma Via Sacra com testemunhos sobre os problemas de hoje

Quatro dezenas de alunos da Escola Secundária de Pinhel (diocese da Guarda) fizeram da Via Sacra uma «História de Amor». Os primórdios da iniciativa começaram na celebração natalícia. "Vi-os muito animados e pensei fazer algo diferente na Quaresma" - disse à Agência ECCLESIA o diácono Rui Manique, professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) daquela escola. Depois do auxílio na Eucaristia de Natal - através do coro - avançou-se "para a dança, teatro e música". E avança: "partimos para «História de Amor» - Via Sacra actualizada para os dias de hoje - que tem realidades novas".
Ontem (30 de Março), nas antigas instalações da RHODE, em Pinhel, os alunos levaram à cena o resultado de muitos ensaios. "Mostraram algumas estações da Via Sacra" através "de testemunhos fictícios de um jovem drogado ou de uma adolescente grávida" - relatou. Uma actividade inserida no Plano Anual de Actividades da Escola, no âmbito da disciplina de EMRC. Envolveu música, dança, teatro e transmitiu uma mensagem "actualizada da tradicional Via Sacra". Nele foram retratadas várias situações problemáticas da sociedade actual, com as quais, num futuro mais ou menos próximo, "os alunos se poderão vir a confrontar" - frisou Rui Manique.
Com algumas centenas de participantes, "a festa da Ressurreição foi o momento auge da festa". Para que este espectáculo fosse possível valeu o esforço de "toda a comunidade educativa, especialmente de alguns alunos que souberam abdicar dos seus tempos livres para ensaios e outras tarefas artísticas" - esclareceu.
Os jovens actores - cerca de 40 alunos - não são todos de EMRC. Alguns professores de outras disciplinas "também deram um contributo importante neste iniciativa".A iniciativa contou com o apoio do Departamento da Pastoral Juvenil da Guarda (DPJG). No final a Banda JOTA - agrupamento musical - deu um concerto. O Pe. Jorge Castela, responsável deste Departamento e um dos elementos da Banda JOTA, relatou à Agência ECCLESIA que a "música é uma forma de evangelizar".
Com dez elementos, a Banda JOTA editou um trabalho discográfico mas "temos temas novos novos". Nascida em 2003, este grupo teve o seu embrião na Pastoral Juvenil da diocese da Guarda mas "já percorremos o país de Norte a Sul".
Ontem actuaram em Pinhel e hoje (31 de Março) a Banda JOTA levará os seus acordes e a música de mensagem aos jovens de Abrantes (diocese de Portalegre - Castelo Branco). Um grupo de sucesso onde abundam os prémios. "Três jovens do nosso grupo já ganharam festivais nacionais da Canção Religiosa e outra já participou no Festival da Eurovisão" - confidenciou o Pe. Jorge Castela.

Via Sacra ao vivo com jovens


O grupo de “jovens da Palavra” da comunidade do Eirô, paróquia de Santa Marinha, organizaram no passado dia 17 de Março uma Via Sacra ao vivo, actualizando cada momento na realidade hoje. A oração, pelas ruas da localidade, reuniu muitas pessoas que se uniram com este grupo de jovens na oração.