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segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Crisma ou uma preocupação?

Era uma vez um padre que tinha uma das suas igrejas paroquiais cheia de ratos. Encetara todo o tipo de tentativas para acabar com o problema. Veneno, vassouradas, limpeza in extremis, tudo e mais alguma coisa. No entanto os ratos não saíam da Igreja. Não sabia mais que fazer. O tempo foi passando e um dia, por acaso, encontrou-se com outro colega e acabou por desabafar o problema. Logo o colega, em tom esperto, avançou com a solução: crisma-os que vais ver como eles desaparecem logo da Igreja.
Hoje não falamos de ratos, mas de jovens que deviam assumir o sacramento do Crisma como alguém que atingiu o estado adulto da fé, que deviam crismar-se como uma etapa importante da caminhada de fé, mas teimamos, jovens e responsáveis da Igreja, em fazer dele um sinal vazio de conteúdo, uma etapa burocrática para poder ser padrinho. Porém, o que mais me preocupa não é o facto de teimarmos nisto. O que mais me preocupa é não nos preocuparmos verdadeiramente com os jovens que estão para crismar ou já se crismaram, e mantemos uma pastoral de função, de cumprimento, de tradição, ou pior, uma pastoral de indiferença que apenas pensa nos jovens porque tem de haver crisma.

Pe Jorge Castela

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