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segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Crisma ou uma preocupação?

Era uma vez um padre que tinha uma das suas igrejas paroquiais cheia de ratos. Encetara todo o tipo de tentativas para acabar com o problema. Veneno, vassouradas, limpeza in extremis, tudo e mais alguma coisa. No entanto os ratos não saíam da Igreja. Não sabia mais que fazer. O tempo foi passando e um dia, por acaso, encontrou-se com outro colega e acabou por desabafar o problema. Logo o colega, em tom esperto, avançou com a solução: crisma-os que vais ver como eles desaparecem logo da Igreja.
Hoje não falamos de ratos, mas de jovens que deviam assumir o sacramento do Crisma como alguém que atingiu o estado adulto da fé, que deviam crismar-se como uma etapa importante da caminhada de fé, mas teimamos, jovens e responsáveis da Igreja, em fazer dele um sinal vazio de conteúdo, uma etapa burocrática para poder ser padrinho. Porém, o que mais me preocupa não é o facto de teimarmos nisto. O que mais me preocupa é não nos preocuparmos verdadeiramente com os jovens que estão para crismar ou já se crismaram, e mantemos uma pastoral de função, de cumprimento, de tradição, ou pior, uma pastoral de indiferença que apenas pensa nos jovens porque tem de haver crisma.

Pe Jorge Castela

quarta-feira, dezembro 24, 2008

O DPJG deseja a todos um Bom Natal

Deus ama-nos tanto que tinha de encarnar, assumir a nossa humanidade para estar o mais próximo possível de nós. É claro que com o “formigueiro consumista” que nos invade nestes dias, que antecedem o Natal, nos esquecemos disso. Desprezamos, devido ao défice espiritual dos nossos dias, o verdadeiro sentido do Natal. Esta é acima de tudo uma ocasião para recordarmos o quanto Ele nos ama. Neste tempo deixemo-nos invadir pelo manancial de esperança, deixemos que o Seu amor renasça em nós e nos dê a força de o Sentirmos ainda mais vivo. Resgatemos o verdadeiro significado do Natal que é maravilhoso!

sábado, outubro 18, 2008

“Quem és tu, Senhor?”


A pergunta que o DPJG quer fazer este ano pastoral

Com base na questão colocada por Paulo quando, caindo do seu cavalo, se encontrou com alguém estranho numa visão, o DPJG vai procurar que, durante este ano pastoral, os jovens da diocese se perguntem mais uma vez “Quem és tu, Senhor?” (Act 9, 5).
A equipa que se reúne quase todas as semanas do ano para reflectir os jovens e programar pastorais para os jovens, sofreu este ano, como geralmente acontece, algumas remodelações. No entanto as preocupações continuam as mesmas, sobretudo para cumprir objectivos que se enquadrem no principal objectivo da sua missão: Evangelizar os Jovens. Tem-no feito sobretudo em três frentes: actividades de grandes concentrações e de primeiro anúncio, actividades de formação, sobretudo dirigidas aos animadores de grupos de jovens ou agentes de pastoral juvenil, e actividades de espiritualidade juvenil.
Porém, apesar de todo o esforço, reconhece que ainda tem muito que servir este diocese, sobretudo como um serviço que crie espaços de coordenação, acolhimento, interacção, oportunidade, congregação, formação, compromisso, entre outros.
Mas a verdadeira pastoral Juvenil não é aquela que uma estrutura tente concretizar, mas a que se faz no terreno junto de cada jovem e de cada grupo. Por isso ela depende do empenho de cada um, párocos, animadores, catequistas, pais, professores. São sobretudo estes que têm a missão de evangelizar os jovens. O Departamento Diocesano da Pastoral Juvenil deve ser o espaço de encontro de todos estes e um espaço que faça sentir aos jovens que não estão sozinhos neste itinerário que uma Igreja diocesana e paroquial lhes propõe.
Para ajudar nesta tarefa, além dos grandes encontros que já se tornaram habituais na diocese e de alguns espaços de espiritualidade que vai procurar desenvolver ainda mais em parceria com o Serviço Diocesano de Pastoral Vocacional, o DPJG pretende este ano organizar mais encontros nas paróquias e zonas da diocese, sobretudo com os jovens que se crismaram ou se vão crismar. Com estes, tentaremos que se incentivem os jovens à criação de novos grupos juvenis e à caminhada de fé através de itinerários juvenis adequados.

O DPJG

Cair do Cavalo - novo ano pastoral

Um novo ano pastoral, como a própria designação indica, traz sempre algo novo ou de novo. Traz novas vontades, novos incentivos, novos desejos, novos interesses. Mas estes interesses estão sempre ligados ao mesmo interesse, o de fazer que Jesus chegue mais facilmente, mais rapidamente, mais amorosamente aos jovens. Por isso, de novo se faz o mesmo.
O DPJG fazendo balanço dos últimos tempos da sua missão junto dos jovens desta diocese da Guarda reconhece, como já o fez noutras ocasiões, que tem de voltar ao início. Aliás, os serviços de Pastoral Juvenil têm esta contingência de ter de voltar sempre ao início, aquilo que se chama uma reiniciação cristã. Porém neste caso, trata-se de uma reiniciação cristã constante, porque os jovens não são sempre jovens e os jovens de hoje não são os jovens de amanhã. No caso concreto da diocese, atendendo à sua situação geográfica e migratória, e porque estamos no ano Paulino, o DPJG vai encetar esforços no sentido de ir às bases, ir junto de, procurar que cada um “caia do seu cavalo” para reconhecer e se encontrar com o Senhor.

Pe Jorge Castela

sábado, fevereiro 09, 2008

Muitos Grupos de Jovens cristãos só reúne para conviver

Inquérito aos grupos de jovens da diocese
O DPJG, reconhecendo que os grupos de jovens são um dos melhores instrumentos de evangelização juvenil, solicitou aos grupos existentes na Diocese que respondessem a um inquérito com o objectivo de fazer um diagnóstico sobre o estado actual dos mesmos, o seu funcionamento e as suas principais necessidades.
A participação foi reduzida. Dos mais de quarenta grupos inscritos no DPJG apenas doze responderam ao inquérito. No entanto, apesar da participação reduzida, os resultados não deixam de ser elucidativos pois representam cerca de 196 jovens da Diocese, dos 15 aos 30 anos, e são uma base de estudo acerca das actividades e motivações dos grupos de jovens, deixando transparecer algum descontentamento com a sua actual situação (cerca de 65% dos inquiridos avaliam o estado do grupo como “Razoável”).
Sabendo da dificuldade que os grupos têm para subsistir sem um animador, o DPJG constatou que, um terço dos grupos inquiridos não tem animador. Mas o mais preocupante é que a presença de um animador num grupo foi igualmente considerada como uma das necessidades menos importantes para os jovens da diocese, embora este resultado possa ter a ver um pouco com a qualidade dos que existem.
A vontade dos jovens e dos párocos é essencial para a criação de um grupo de jovens. Segundo as respostas dadas, a adesão de jovens é a maior necessidade actualmente. Por outro lado, o apoio do pároco é considerado importante para a criação do grupo, mas não tão importante depois da sua criação, pois foi apontada como uma das últimas necessidades sentidas pelos grupos de jovens, possivelmente devido à boa organização dos grupos e dos seus animadores que conseguem existir por si, sem um apoio mais permanente do seu pároco.
A grande maioria dos grupos reúne-se semanalmente para rezar, programar actividades, reflectir temas propostos e para o convívio entre os elementos do grupo. O convívio foi, aliás, apontado como uma das actividades mais importantes e, por isso, uma das que mais organizam e em que participam. Este resultado devia levar-nos a reflectir sobre os verdadeiros motivos pelos quais se formam os grupos de jovens cristãos. Apesar de rezarem, animarem as eucaristias, reflectirem temas ocasionais, os grupos não se dedicam a fazer uma caminhada de fé sistemática.
Paradoxalmente ou não, no inquérito, as maiores necessidades, além da adesão dos jovens, passam por formação, itinerários de fé, fé no seio do grupo, material de apoio. Isto delata a situação concreta dos grupos que se debatem entre a realidade e o desejo de crescer na fé. Isto ainda aumenta a responsabilidade aos pastores e agentes pastorais.
Um aspecto muito positivo que sobressaiu deste inquérito foi a satisfação manifestada pelas actividades promovidas pelo DPJG e a boa comunicação entre este e os grupos, uma vez que 100% dos inquiridos que responderam recebem informações deste Departamento, através de cartas que lhes são enviadas. Por outro lado, apenas um terço dos grupos recebem informações através dos seus párocos, o que pode revelar algum alheamento da parte destes face ao trabalho com os jovens da sua paróquia.
Como conclusão, o diagnóstico levantado deixa perceber que há necessidade de reflectir sobre o papel e missão dos grupos de jovens na actualidade, e sobre a forma como os grupos da Diocese estão a conseguir, ou não, desempenhar a sua missão da melhor maneira. É preciso encontrar caminhos para o crescimento da Fé e tornar os grupos de jovens um espaço para esse crescimento, para além do convívio e da concretização de actividades. Fica o desafio para a reflexão e discussão a todos os grupos.

O DPJG


"Apesar de rezarem, animarem as eucaristias, reflectirem temas ocasionais, os grupos não se dedicam a fazer uma caminhada de fé sistemática"


"A vontade dos jovens e dos párocos é essencial para a criação de um grupo de jovens."

terça-feira, dezembro 25, 2007

Boas Festas

O DPJG deseja a todos os jovens da diocese da Guarda e do Mundo de Deus um Santo Natal e um 2008 com todas as benção possíveis de Deus. Que a esperança seja a luz do nosso caminhar!

sábado, agosto 18, 2007

Boas Férias

O DPJG deseja a todos os jovens da diocese e fora dela umas óptimas férias de descanso.
Mas não esqueçam: Deus não tem férias!... e para Ele não devemos ter férias!!

sábado, maio 12, 2007

RECTIFICAÇÃO
O artigo do último “acorda Jovem” saído no Jornal A Guarda (trata-se de uma página quinzenal que o DPJG assegura com as suas informações), com o título “Covilhã indiferente ao Dia Diocesano da Juventude” obriga-nos a fazer uma rectificação e clarificação. O DPJG não pode deixar de salientar que, embora os números da participação possam ser discutíveis, o DPJG em momento algum considerou este Dia Diocesano como menos positivo comparativamente a outros. Muito pelo contrário! Foi um dos melhores em muitos níveis. E a participação dos mais de 600 jovens deixou grandes marcas na cidade da Covilhã. Os jovens da cidade também fizeram um trabalho excelente. A Covilhã não ficou, de certeza, indiferente a este mega encontro de jovens. O artigo, que tinha sido pedido a jovens jornalistas da UBI, fazia uma análise daquilo que são as dificuldades de uma pastoral juvenil, mas isso não está presente neste texto que fica apenas numa abordagem superficial e quantitativa. O DPJG assumiu o texto dos jovens jornalistas por sentir que essa reflexão era útil. Mas não assume o texto como ele foi publicado. Perdeu o seu contexto dado que não foi publicado na íntegra (pode ser lido neste blogue e em http://www.urbi.ubi.pt/), e foi publicado com um título diferente daquele que os autores lhe atribuíram.
Pedimos desculpas, em nome do bom nome do Jornal, em nome dos parceiros deste evento que tanto se empenharam e com quem continuamos a contar, em nome dos jovens jornalistas, em nome de todos os jovens presentes e em nome do DPJG que se tem esforçado por fazer uma honesta pastoral juvenil.

quarta-feira, abril 04, 2007

Uma Páscoa recheada de Vida

O saudoso João Paulo II, que foi o motor das JMJ e do Dia Mundial da juventude, durante o seu pontificado, apostou claramente numa Igreja fora de portas e numa Igreja jovem, que deposita a sua esperança na vida e vivacidade de cada um, de forma a construir uma Igreja de vivos e não de mortos.
Assim nos confrontamos com a Páscoa, numa Igreja de vivos e não de mortos. Assim nos confrontamos com a Igreja de Cristo, uma Igreja sempre jovem e sempre viva.
Por isso, nesta época, o DPJG deseja a todos uma Santa Páscoa, com a alegria de saber-nos um dia ressuscitados com Cristo.


António Gomes, pelo DPJG

quarta-feira, março 07, 2007

Dia Mundial da Juventude

Apesar do DPJG não organizar nada em concreto para o Dia Mundial da Juventude, dia 1 de Abril, deseja que em cada paróquia, grupo ou zona pastoral, os jovens manifestem em concreto a sua juventude a sua fé. Se estiverem interessados poderão consultar a mensagem de Bento XVI para este dia no blogue do DPJG. Caso organizem alguma actividade, o DPJG gostaria de a poder partilhar através dos seus órgãos de comunicação. Enviem a notícia.

domingo, fevereiro 25, 2007

Mensagem do Santo Padre Bento XVI 2007



Mensagem do Santo Padre Bento XVI 2007
aos jovens de todo o mundo por ocasião da
XXII JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2007


“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 13,34)

Caros jovens:
Por ocasião da XXII Jornada Mundial da Juventude, que será celebrada nas dioceses no próximo Domingo de Ramos, gostava de propor para vossa meditação as palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (cf. Jo 13,34).

É possível amar?

Toda a pessoa sente o desejo de amar e de ser amado. No entanto, como é difícil amar, quantos erros e fracassos acontecem no amor! Há mesmo quem chegue a duvidar se o amor é possível. As carências afectivas ou as desilusões sentimentais podem fazer-nos pensar que amar é uma utopia, um sonho inatingível. Temos, então, que resignar-nos? Não! O amor é possível. A finalidade desta minha mensagem é contribuir no reavivar em cada um de vós, que sois o futuro e a esperança da humanidade, a fé no amor verdadeiro, fiel e forte; um amor que traz paz e alegria; um amor que une as pessoas, fazendo-as sentir-se livres no respeito mútuo. Permiti-me que agora vos apresente, em três momentos, um itinerário para a “descoberta” do amor.

Deus, fonte do amor

O primeiro momento faz referência à única fonte do amor verdadeiro, que é Deus. São João sublinha-o bem quando afirma que “Deus é amor” (1 Jo 4,8.16); isso quer dizer não só que Deus nos ama, mas que o mesmo ser de Deus é amor. Estamos diante da revelação mais esplendorosa da fonte do amor que é o mistério trinitário: em Deus, uno e trino, há uma eterna comunicação de amor entre as pessoas do Pai e do Filho, e este amor não é uma energia ou um sentimento, mas uma pessoa: o Espírito Santo.

A Cruz de Cristo revela plenamente o amor de Deus

Como se nos manifesta Deus-Amor? Estamos no segundo momento do nosso itinerário. Mesmo que os sinais do amor divino são já claros na criação, a revelação plena do mistério íntimo de Deus ocorreu na Encarnação, quando o próprio Deus se fez homem. Em Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, conhecemos o amor em todo o seu alcance. De facto, “a verdadeira originalidade do Novo Testamento – escrevi na Encíclica Deus caritas est – não consiste em ideias novas, mas na própria figura de Cristo, que da carne e sangue aos conceitos: um realismo incrível” (n. 12). A manifestação do amor divino é total e perfeita na Cruz, como afirma são Paulo: “A prova de que Deus nos ama é que Cristo, sendo nós ainda pecadores, morreu por nós” (Rm 5,8). Portanto, cada um de nós pode dizer sem erro: “Cristo amou-me e entregou-se por mim” (cf. Ef 5,2). Remida pelo seu sangre, nenhuma vida humana é inútil ou de pouco valor, porque todos somos amados pessoalmente por Ele com um amor apaixonado e fiel, com um amor sem limites. A Cruz, loucura para o mundo, escândalo para muitos crentes, é, pelo contrário, “sabedoria de Deus” para os que se deixam tocar no mais profundo do próprio ser, “pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a debilidade de Deus é mais forte do que os homens” (1 Co 1,24-25). Mais ainda, no Crucificado, que depois da ressurreição leva para sempre as marcas da própria paixão, manifestam-se as “falsificações” e mentiras sobre Deus que há por trás da violência, da vingança e da exclusão. Cristo é o Cordeiro de Deus, que carrega com o pecado do mundo e extirpa o ódio do coração do homem. Esta é a sua verdadeira “revolução”: o amor.

Amar o próximo como Cristo nos ama

Eis-nos no terceiro momento da nossa reflexão. Na Cruz, Cristo grita: “Tenho sede” (Jo 19,28), revelando assim uma sede ardente de amar e de ser amado por todos nós. Apenas quando percebemos a profundidade e a intensidade deste mistério, é que damos conta da necessidade e da urgência de que O amemos “como” Ele nos amou. Isto implica também o compromisso, se for necessário, de dar a própria vida pelos irmãos, apoiados pelo amor que Ele nos tem. Já no Antigo Testamento Deus disse: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19,18), mas a novidade de Cristo consiste no facto de que amar como Ele nos amou significa amar a todos, sem distinção, inclusive os inimigos, “até ao fim” (cf. Jo 13,1).

Testemunhas do amor de Cristo

Gostava agora de me deter em três âmbitos da vida quotidiana nos quais vós, caros jovens, sois chamados de modo particular a manifestar o amor de Deus. O primeiro é a Igreja, que é a nossa família espiritual, composta por todos os discípulos de Cristo. Sendo testemunhas das suas palavras – “Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35) –, alimentai com vosso entusiasmo e vossa caridade as actividades das paróquias, das comunidades, dos movimentos eclesiais e dos grupos juvenis de que fazeis parte. Sede solícitos em procurar o bem dos outros, fiéis aos compromissos adquiridos. Não duvideis em renunciar com alegria a alguns dos vossos divertimentos, aceitai de bom grado os sacrifícios necessários, dai testemunho do vosso amor fiel a Cristo anunciando o seu Evangelho especialmente entre os vossos colegas

Preparar-se para o futuro

O segundo âmbito onde sois chamados a exprimir o amor e a crescer nele é a vossa preparação para o futuro que vos espera. Se sois noivos, Deus tem um projecto de amor sobre o vosso futuro matrimónio e a vossa família, e é essencial que o descubrais com a ajuda da Igreja, livres do preconceito tão difundido segundo o qual o cristianismo, com seus preceitos e proibições, põe obstáculos à alegria do amor e, em particular, impede de desfrutar plenamente essa felicidade que o homem e a mulher procuram no seu amor recíproco. O amor do homem e da mulher dá origem à família humana e o casal por eles formado tem o seu fundamento no plano original de Deus (cf. Gn 2,18-25). Aprender a amar-se como casal é um caminho maravilhoso que, no entanto, requer uma aprendizagem laboriosa. O período do noivado, fundamental para formar um casal, é um tempo de espera e de preparação, que há-de de ser vivido na castidade dos gestos e das palavras. Isto permite amadurecer no amor, no cuidado e na atenção ao outro; ajuda a exercitar o auto-domínio, a desenvolver o respeito pelo outro, características do verdadeiro amor que não procura, em primeiro lugar, a própria satisfação nem o próprio bem-estar. Na oração comum, pedi ao Senhor que cuide e faça crescer o vosso amor e que o purifique de todo egoísmo. Não hesiteis em responder generosamente ao chamamento do Senhor, porque o matrimónio cristão é uma verdadeira e autêntica vocação na Igreja. Igualmente, queridos e queridas jovens, se Deus vos chama a segui-l’O no caminho do sacerdócio ministerial ou da vida consagrada, estai preparados para dizer “sim”. Vosso exemplo será um estímulo para muitos de vossos colegas, que estão à procura da verdadeira felicidade.

Crescer cada dia no amor

O terceiro âmbito do compromisso que implica o amor é o da vida quotidiana nos seus vários aspectos. Refiro-me sobretudo à família, ao estudo, ao trabalho e ao tempo livre. Caros jovens, cultivai vossos talentos não apenas para conquistar uma posição social, mas também para ajudar os outros “a crescer”. Desenvolvei vossas capacidades, não apenas para ser mais “competitivos” e “produtivos”, mas para ser “testemunhas da caridade”. Uni à formação profissional o esforço por adquirir conhecimentos religiosos, úteis para poder desempenhar de modo responsável a vossa missão. De modo particular, convido-vos a aprofundar a doutrina social da Igreja, para que os seus princípios inspirem e iluminem o vosso agir no mundo. Que o Espírito Santo vos faça criativos na caridade, perseverantes nos compromissos que assumis e audazes nas vossas iniciativas, contribuindo assim para a edificação da “civilização do amor”. O horizonte do amor é realmente ilimitado: é todo o mundo!



“Ousar amar” seguindo o exemplo dos santos

Queridos jovens, quero convidar-vos a “ousar amar”, a não desejar outra coisa mais do que um amor forte e belo, capaz de fazer de toda a vossa vida uma gozosa realização do dom de vós mesmos a Deus e aos irmãos, imitando Aquele que, através do amor, venceu para sempre o ódio e a morte (cf. Ap 5,13). O amor é a única força capaz de transformar o coração do homem e de toda a humanidade, tornando frutuosas as relações entre homens e mulheres, entre ricos e pobres, entre culturas e civilizações. Disto dá testemunho a vida dos Santos, verdadeiros amigos de Deus, que são a foz e o reflexo deste amor originário. Esforçai-vos em conhecê-los melhor, encomendai-vos à sua intercessão, procurai viver como eles. Limito-me a citar-vos a Madre Teresa que, para corresponder com prontidão ao grito de Cristo “Tenho sede”, grito que a comoveu profundamente, começou a recolher os moribundos das ruas de Calcutá, na Índia. Desde esse momento, o único desejo da sua vida foi saciar a sede de amor de Jesus, não com palavras, mas com actos concretos, reconhecendo o seu rosto desfigurado, sedento de amor, no rosto dos mais pobres entre os pobres. A Beata Teresa pôs em prática o preceito do Senhor: “Cada vez que o fizestes a um destes meus irmãos mais humildes, a mim o fizestes” (Mt 25,40). E a mensagem desta humilde testemunha do amor difundiu-se por todo o mundo.

O segredo do amor

Cada um de nós, queridos amigos, pode chegar a este grau de amor, mas somente com a ajuda indispensável da graça divina. Só a ajuda do Senhor nos permite superar o desalento diante da enorme tarefa por realizar e nos infunde o valor para fazer o que é humanamente impensável. A grande escola do amor é, sobretudo, a Eucaristia. Quando se participa regularmente e com devoção na Santa Missa, quando se passam na companhia de Jesus eucarístico longos momentos de adoração, é mais fácil compreender o comprimento, a largura, a altitude e a profundidade do seu amor, que supera todo conhecimento (cf. Ef 3,17-18). Ainda mais, a partilha do Pão eucarístico com os irmãos da comunidade eclesial impele-nos a converter “com prontidão” o amor de Cristo num serviço generoso aos irmãos, como o fez a Virgem com Isabel.

A caminho do encontro de Sydney

A este respeito, resulta iluminadora a exortação do apóstolo João: “Meus filhos, não amemos com palavras nem com a boca, mas em verdade e com actos. Nisto conheceremos que somos da verdade” (1 Jo 3,18-19). Queridos jovens, com este espírito convido-vos a viver a próxima Jornada Mundial da Juventude junto com os vossos bispos nas próprias dioceses. Esta representará uma etapa importante para o encontro de Sydney, cujo tema será: “Recebereis a força do Espírito Santo, que virá sobre vós e sereis minhas testemunhas”(cf. Act 1,8). Maria, Mãe de Cristo e da Igreja, vos ajude a fazer ressoar em todo o lugar o grito que transformou o mundo: “Deus é amor!”. Acompanho-vos com a oração e abençoo-vos de todo coração.

Vaticano, 27 de Janeiro de 2007
Bento XVI

(tradução DNPJ – Pe Pablo Lima)

sábado, dezembro 23, 2006

No Natal um (A)braço de Vida


Li há dias que duas gémeas prematuras, ao nascerem, ficaram em suas respectivas incubadoras. Porém, uma delas não tinha esperança de vida. Então a chefe das enfermeiras desse hospital, decidiu lutar contra as regras hospitalares para deixar as gémeas juntas. E o mais incrível foi que, quando ficaram juntas, a bebé que estava bem abraçou a sua irmã regulando com o calor do seu corpo a temperatura e o pulso. Foi assim que conseguiu restabelecer o ritmo cardíaco da sua irmã. E assim esta pode sobreviver. A prova desta história circula pela net com uma foto com as duas crianças juntas e abraçadas. E com este facto aprendi várias coisas que partilho:

1ª: Aprendi, mais uma vez, o valor da vida, que é tão grande e que, com ajuda, é possível resolver aquilo que parece já não ter remédio;
2ª: Aprendi a importância do abraçar quem amamos e quanto bem faz abrigarmos o coração com um abraço
3ª: Aprendi que juntos é mais fácil mudarmos as coisas
4ª: Aprendi como Deus nos ajuda quando queremos e agimos para que tal aconteça
5ª: Aprendi que as regras e as leis inventadas pelos homens nem sempre são a melhor solução

Neste Natal de 2006, o DPJG lança um abraço a todos as pessoas com Vida, sobretudo os jovens e demais seres vivos nesta diocese da Guarda.

Pe Jorge Castela

sábado, setembro 30, 2006

Um novo ano e novos objectivos

Olá,
ao fim de algum tempo, o percurso que trilhamos vai-se moldando. São pegadas nossas e daqueles que o percorreram connosco. Nuns sítios, firmes. Noutros, de forma etérea. Outras ainda já lá não estão, quando voltamos as costas. Assim é a marca que vamos deixando no mundo.
Umas vezes sentimo-nos capazes de o sacudir com um grito apenas. Independentemente dos resultados que alcancemos, houve coragem. Haja sabedoria, também, para não o sacudir de tal forma que se veja arredado da sua órbita, em queda livre sobre o vácuo. Noutros momentos, o nosso rasto é mais suave. Ainda assim, é-nos dado o prazer de apreciar os seus contornos quando, lá para a frente, lançamos o olhar sobre o ombro. “Recordar é viver!”, dizia o outro. Há ainda ocasiões em que, quando a curiosidade do imediato nos faz rodar o corpo, nada mais vemos para além de um piso em tudo semelhante ao que estava à nossa frente, antes ainda de o pisarmos.
Poderíamos agora desenhar um discurso pseudo-moralista (que muitos nos recitaram nos últimos quatro anos), acerca da inutilidade de iniciativas mediáticas, que abanam tudo e todos. Porque o problema é precisamente esse: abanar. Mas não nos deixamos ir abaixo. Afinal, quem mais que Ele abanou o mundo, em toda a história da humanidade?! (Muitos lembrarão os Stones, bem sei...) Haveria ainda a possibilidade de dizermos que o melhor caminho é o da simplicidade, da subtileza. Porque também Cristo foi assim: humilde, discreto. Ou ainda evocar a Paixão, lembrando o pouco fruto que Jesus viu, daquilo que semeou.
Este ano seremos assim. Tudo! Seremos a imagem de Cristo. A aposta na formação, tal como no início dos nossos trabalhos como equipa, lança-nos de cabeça a pensar no futuro dos jovens de toda a diocese. Queremos formar um corpo capaz e operante, que possa semear e colher durante muitos anos. Queremos que o Projecto TAJ, repousado em cascos de carvalho, seja engarrafado no curto prazo para que, em breve, todos possamos ver saciada a sede de Cristo que aflige tantos sítios da diocese. Queremos, com a equipa a que foi confiada essa missão, propor aos jovens o caminho da consagração à Igreja; ou lembrar o valor cristão da família.
Queremos também reunir grupos, movimentos e agentes, de forma a promover o intercâmbio, a partilha, a harmonia. Queremos criar subsídios para que os grupos trabalhem de imediato; apresentar sugestões, alternativas. Queremos visitar paróquias, grupos, escola. Queremos promover o que faremos, cientes do valor imperativo da informação.
Mas queremos também caminhar com toda a Igreja, no ecumenismo. Queremos um dia diocesano onde todos os jovens se manifestem convictamente jovens e convictamente cristãos. E queremos um Festival Jota onde música, tendas, arte, alegria, jovens e oração se misturem de uma forma tão diversa mas tão harmoniosa que o nosso mundo tremerá. Mas apenas verá corrigido o seu percurso, que bem precisa. É que às vezes é mesmo preciso. Sabemos que é difícil. Sabemos que o caminho é longo e duro. Mas temos um trunfo: tudo é para Ele.
Um bom ano,

DPJG

sábado, julho 29, 2006

Boas Férias

O DPJG deseja a todos os jovens em geral e a todos os jovens da diocese da Guarda em particular, umas boas férias. Nós saímos para Taizé dia 4 de Agosto. Iremos pedir a Deus por todos os jovens da diocese e do mundo. Mas não queríamos partir sem deixar este desejo de dias cheios de amor, de alegria, de entusiasmo, de fé a todos os que agora estão em férias, ou, porventura, em trabalho.
Até breve...

sábado, abril 15, 2006

Boa Páscoa

O DPJG deseja a todos os jovens, em especial aos jovens da diocese da Guarda, uma Boa Páscoa, que é o mesmo que pedir a fé... e a esperança... e o amor...

quinta-feira, março 02, 2006

Taizé em Agosto

Com passagem por Lurdes, a partida será na noite do dia 4 de Agosto. O regresso está previsto no dia 14 do mesmo mês. As inscrições já estão abertas na Internet (podes fazer o download da Ficha de Inscrição) ao preço de 145,00 € para os jovens até 30 anos. Para os adultos, é necessário que estes primeiro consultem o DPJG.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Peregrinação a Taizé

Está já marcada definitivamente a data da saída e de chegada para os que quiserem associar-se ao DPJG numa viagem a Taizé e consequente participação na vida da comunidade ecuménica. A partida será ao findar do dia 4 de Agosto e o regresso no dia 14 do mesmo mês. As inscrições, emboara não se saiba ainda o preço por participante, estão já abertas.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Tema das JMJ

Já podemos dar a conhecer a data real da realização das próximas Jorna-das Mundiais da Juventude que vão ocorrer em Sidney, na Austrália, em 2008. O tema previsto pela organização era “Tome a sua cruz e siga-me”. Mas foi alterado pelo Papa Bento XVI e os responsáveis da Igreja em Roma. Assim, o tema será “recebereis a força do Espírito Santo, que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas”. Igualmente estão definidos os temas para o Dia Mundial da Juventude deste ano e do próximo. Assim, este ano o tema será “Tua Palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho”, e em 2007 será “Como eu vos amei, amai-vos também vós uns aos outros”.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Tudo de Bom

O DPJG DESEJA A TODOS OS JOVENS DA DIOCESE, EM PARTICULAR, E A TODOS OS JOVENS DO MUNDO, EM GERAL, UM SANTO NATAL CHEIO DO MENINO DEUS!
DESEJA IGUALMENTE QUE O NOVO ANO DE 2006 SEJA UM ANO ... DE DEUS! MAIS UM!

sábado, maio 28, 2005

Hino das XX JMJ em português

Venimus adorare eum

Por quê os reis deixaram os seus palácios?
Por quê os reis seguiram uma estrela a caminho?
Por quê se ajoelharam diante de uma criança?
E ao perguntarem, responderam:

Venimus adorare eum.
Venimus adorare eum: Emanuel. (bis)

Por quê pastores largaram os seus rebanhos?
Por quê pastores ouviram o canto dos anjos?
Por quê se ajoelharam diante de uma criança?
Quando lhes perguntaram, todos disseram:

Oh, oh, oh, Emanuel, Deus connosco.
Oh, oh, oh, Emanuel. (bis)

E nós aqui estamos, para adorá-l’O.
Somos filhos de Deus e por Ele escolhidos.
Por isso aqui estamos, para encontrá-lo
no pão, no vinho e em ti, em mim.
Perguntem, que respondemos:

Venimus adorare eum: Emanuel, Deus connosco.
Venimus adorare eum: Emanuel. (bis)