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terça-feira, janeiro 09, 2007

Jovens Cristãos da Diocese declaram-se pela Vida

No final da Escola de Formação do passado dia 6 de Janeiro, no Centro Paroquial do Fundão, com a orientação do Bispo de Viseu D. Ilídio Pinto Leandro, os jovens e aimadores presentes decidiram elaborar um Comunicado Final resultado da sua reflexão durante o encontro.

“Problemática da Vida na Sociedade Actual: Aborto, Eutanásia, Cultura de Morte”



Comunicado Final


Várias dezenas de jovens católicos da diocese da Guarda, animadores de grupos de jovens e agentes de Pastoral Juvenil, reunidos na cidade do Fundão para reflectir a vida na sua génese e direito fundamental, concluíram o seguinte, que passam a comunicar:

1. Existe vida desde o primeiro momento
É hoje aquisição científica que a vida humana tem início com a concepção, o que, aliás, se reflecte no drama da maior parte das mulheres que abortam. E, tendo em atenção os dados e as consequências relacionados com a legalização do aborto em outros países, e que conduzem a uma mentalidade e cultura alheias à Vida, declaramo-nos a favor da Vida em todas as suas fazes, declaramo-nos contra a aceitação jurídica fácil de situações contrárias à Vida humana e contra o relativismo ético.

2. O aborto não é solução
As mulheres que optam pelo aborto estão sujeitas a complicações de saúde futuras quer a nível físico, quer especialmente a nível psíquico. Nada será como era dantes. Por isso, e num país e numa Europa cuja taxa de Natalidade tem baixado drasticamente, somos a favor de soluções que passem pela criação de condições que promovam a melhoria de qualidade de vida para o bem-estar de todos, a começar pelo das famílias.

3. Estamos do lado das mães e das crianças
Apelamos ao Estado e a todas as instituições possíveis, nomeadamente a Igreja Católica, para que encetem mais esforços e encontrem os meios necessários para apoiar as mulheres com dificuldades e para ajudá-las a ter os seus filhos. Somos contra qualquer tipo de solução que tenha em conta apenas um dos intervenientes, e assumimo-nos, juntamente com toda a sociedade, como corresponsáveis neste processo.

4. Não é uma questão religiosa
Reconhecemos que a defesa do “Não” no referendo de 11 de Fevereiro não é uma questão religiosa, mas uma questão de Vida e de Direitos Humanos. A nossa visão, que será sempre resultado de uma coerência entre fé e vida, e que terá sempre em conta que a criança é um ser criado à imagem e semelhança de Deus, leva-nos e exige-nos, acima de tudo, mais que a defender um “Não”, a fazer um discurso positivo sem ataques a qualquer outro ser humano criado por Deus.

5. Reconhecemos a desinformação dos jovens
A luta em defesa da Vida é ou deve ser, ao mesmo tempo, uma luta contra a ignorância e desinformação. Reconhecemos que os jovens, em primeiro lugar, não estão informados o suficiente para fazerem uma opção consciente. Por isso, todo o debate saudável, informativo e verdadeiro, que os grupos cívicos possam realizar, constituem uma oportunidade para cada jovem reflectir sobre a Vida Humana e votar por si e não por influência de outrem. Louvamos, por este motivo, a constituição e actividade de grupos cívicos, com especial relevo para o grupo “Guard’a Vida” com sede na diocese de que fazemos parte.

6. Uma interpelação
Por último fazemos uma interpelação que nos inquieta: “Quantas vidas deve uma lei salvar?!”

Fundão, Escolas de Formação, 6 de Janeiro de 2007

1 comentário:

Anónimo disse...

Subscrevo inteiramente.
Acrescentando que é
preocupante que a generalidade dos media
difundam uma imagem do "não" ao referendo como sinal de radicalismo
intelectualmente inferior.
Luís Monteiro